Nasce um soneto em meu caminho
Inspirado na chuva que em minha fronte goteja
Enquanto vago por aí sozinho
Em busca do que minh’alma deseja
Guarda estes versos em teus lençóis de linho
Onde eu não os veja
Pode ser na derradeira taça de vinho
O lugar deles é onde queres que seja
E diante da folha de papel desnuda
Percebo: é só mais um de meus sonetos
Não... não era Espanca, nem Neruda
Não, não eram eles... nem sessenta, nem cem
Apenas um: dois quartetos, dois tercetos...
Todos para ti e para mais ninguém
terça-feira, 17 de julho de 2007
Nasce um soneto...
Autor: Raphael Alves às 18:22 12 comentários
quinta-feira, 12 de julho de 2007
Sobre o olhar da alma
O que querem de mim essas palavras?
Inquietas como o vento
(uivam... uuuivam...)
Desfazem nuvens carregadas
E levam embora o desalento
Agora mais arredias
São as mesmas palavras de outrora
(esbravejam... relutam...)
Trazem rimas de noites com dias
E levam significados mundo afora
E o que dizem é um tanto evidente:
- O corpo não enxerga a verdade...
... somente o olhar da alma é clarividente
Autor: Raphael Alves às 03:43 9 comentários
quarta-feira, 4 de julho de 2007
Sobre as pegadas deixadas
O teu próximo passo não é solitário
Tu que não o percebes
Há nele algo de solidário
Pelo alguém que agora te segues
O teu próximo passo será inseguro
Nem queiras saber o quanto
Mas por não revelar o futuro
É que mantém seu encanto
E quando aceitares essa incerteza
Das paixões mais violentas
Saberás que não estás mais sozinha
Remarei contigo pela correnteza
Desse rio de águas barrentas
E verás que as pegadas em terra firme são tuas e minhas
Autor: Raphael Alves às 01:33 14 comentários
Mergulhado na semiótica
Que discurso enfadonho!
Signos, signos, signos...
E se tudo for mesmo um sonho?
Quali, sin, legi... ASSASSIGNO!
Signos do irreal
Não os do zodíaco
O que é o real...
... para quem inala amoníaco?
Manter a discussão: qual o plano?
Um discurso amarelado, simpático
Sugerem o cartesiano
Vou de pragmático
O consciente afunda
O inconsciente torna-se realidade
Primeira, segunda?
Nenhuma das duas: conceito = terceiridade
Seguindo uma suposta lógica
Anestesia no estético
Quase uma substância psicotrópica
E onde fica o pensamento ético?
Só mais uma questão de ótica
Entender Charles Sanders Peirce
Mergulhado em semiótica?
Nem que eu conseguisse...
Autor: Raphael Alves às 01:25 3 comentários