terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Só uma tarde


Gostava de ti, ó Sol, atrás dos montes
Forte, altivo, sozinho
bronzeando horizontes
iluminando meu caminho

Gostava de ti, mas a noite que chegava
tão escura, tão fria
não avisou o quanto pesava
e maltratava o que fora um dia

O Sol... Outrora tão quente...
apagaram-no numa tarde caída
nem parecia de verdade...

Ah, o Sol! Antes tão contente!
sempre esteve em minha vida
pena que durou só uma tarde

sábado, 2 de janeiro de 2010

Perdido


Estás perdido, garotinho?
O que buscas aqui de madrugada
no meio do nada?
Pareces tão sozinho...

Tanto peso em teus ombros...
Por que te escondes?
Por que não me respondes?
O que há nesses escombros?

Se no silêncio há secura
No coração, resta a procura
de respostas num caminho

Mas como luar se és tão vespertino?
Como amar se és tão menino?
É... Estás perdido, garotinho...