sábado, 27 de setembro de 2008

No fim das contas


Dias se vão, mas não em vão...
É a mais pura aritmética
E deténs toda razão
Em mãos! Menos a trigonométrica

Se te subtrai pela tangente, tanto faz...
Então, o que me somam cossenos?
Pois, no fim das contas, cada dia a mais
é, na verdade, só um dia a menos

sábado, 6 de setembro de 2008

Pela Madrugada


Somes, às vezes, em névoa, na estrada
Sem ver, procuro-te ainda no escuro
Saio por ti, mas não é seguro
pois já és alvorada

– Não me aches! – pedes, contrariada
Cercas-te por um muro
que – rogo eu (logo eu...) – cairá no futuro
ou, quiçá, na nova madrugada...

E somes, com tuas certezas
Partes de vez até amanhã... Nem me despeço
E de manhã, restarão lâmpadas acesas

Somes, agora, por dentre espadas e cruzes
E até penso em pedir, mas não peço
que antes de amanhecer, apagues as luzes