Quisera eu transformar-me em silhueta
num fim de tarde violeta
pelas ruas, por cima dos muros
caminhar como sussurro
Quisera eu olhar enfim
Sibilino assim
como um suave murmuro
e, então, só haveria escuro...
Quisera, quisera tanto
cobrir-me com a noite, teu manto
mas para mim não há lugar
Quisera... Contudo, entretanto...
não percebo teus encantos
e para mim não há luar