Apenas porque são de carvões e cristais
saudosas fantasias...
Travestidas noites em dias
por estes e outros carnavais
Em meio a máscaras, um encontro fugaz
que, se pelo momento reinasse,
desenharia uma lágrima na face
e pela alma que ali jaz
Pois, como Pierrot, quisera eu a alegria
de desaparecer pelas esquinas
em travessuras de Arlequim
E neste soneto pela folia
que fosses Colombina
e teus versos, somente para mim
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
Soneto pela folia
Autor: Raphael Alves às 01:23 13 comentários
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
Devoluta Tempestade
É de tom plúmbeo o olhar
diante de amarga interjeição
que traz o núbil assimilar
entre loucura e perfeição
A precipitação que confesse
como há de enfrentar angústia assim
ao que o gáudio perece
armada com nuvens de silêncio sem fim
Ora, é esta chuva sobre a cidade
com gotas de tua lavra
que beija a fronte da ansiedade
E esta tempestade que não se aceita ilidida
resume-se a poucas palavras
dolorosas, porém, carinhosamente devolvidas
Autor: Raphael Alves às 01:57 12 comentários
sábado, 5 de janeiro de 2008
Irrenunciável
Se de pedras e asfalto ao avesso
fazem-se essas ruas vadias
É em nuviosa melodia
que ao canto desapareço
Pelo tempo, o nosso apreço
inda maior seria
Se no fim da ventania
soprasse o recomeço
Com punhado de terra e água
misturados sorriso e mágoa
fez-se história de raiz forte
Contada à nossa maneira
com rimas de vida inteira
e capítulos para além da morte
Autor: Raphael Alves às 03:54 14 comentários