Não sei se és tu que borboleteias
Por minhas ruas... fascinante
Com sorrisos de quarto minguante
Em bocas de lua cheia
Não sei o que te encanta
neste som do Ibañez
naquilo que ouves e vês
Não sei que poesia decantas
Não sei o que procuras com tal ânsia
O que estás a bisbilhotar?
O que para ti roubas com ganância?
E se és tu, simplesmente eu não sei
Mas foi esse teu olhar
e sua precisão o que sempre procurei
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Fotógrafa
Autor: Raphael Alves às 19:00 17 comentários
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Subtração
É sobre este estado de subtração
com milhas e milhas de falso pudor
que se apresenta em Novo Airão
e compreende o Estirão do Equador
E é sobre a serenidade que vive a viajar
E nem deixou seus votos por aqui
Não me encontrou em Amaturá
tampouco achou-me em Beruri
É sobre o ladrar dos cães
e sobre o silêncio que já descansa em paz
É da cor de Alvarães
e da textura de Codajás
É ainda o porquê destas palavras afins
que jorraram pela semana inteira
ao nascerem em Tonantins
e seguirem para São Gabriel da Cachoeira
E nunca quis soar estranho
com pretensões de mundos inteiros
Pois não foi várzea nem castanho
Refiro-me aos Careiros
Mas sempre foi sobre a descrença
deitada nua em pleno divã
que sequer fora a São Paulo de Olivença
mas implorava por Benjamin Constant
Autor: Raphael Alves às 00:44 15 comentários